Museu de Orleans (SC) tombado como Patrimônio Cultural do Brasil
junho 30, 2019 | Arrumando a mala, Blog de Rotas, Férias de julho, Meu Roteiro no Blog de Rotas, Santa Catarina
Museu Princesa Isabel foi reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) em 12/06/2019.
Quer ter uma ideia de como viviam os primeiros colonos europeus em terras catarinenses? Quais seus costumes, como produziam sua subsistência, as ferramentas que usavam e outros detalhes de época?
Vale a pena então você se dirigir à Orleans, em Santa Catarina, e conhecer toda essa riqueza muito bem preservada no Museu ao Ar Livre Princesa Isabel. O Musei, agora tombado pelo Iphan, mantém viva a memória da imigração e da colonização da região do Sudeste catarinense.
Espaço cultural
O espaço cultural preserva de maneira viva e dinâmica as técnicas e métodos de trabalho dos colonos chegados entre meados do século XIX e início do século XX.
Além de ser um espaço que dá visibilidade à contribuição do imigrante europeu para a cultura nacional e o desenvolvimento da região, o acervo do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel representa um momento pré-industrial da história da tecnologia no Brasil, onde conviviam o uso de máquinas e o artesanato.
Colonização italiana
A proteção federal ao museu valoriza a presença do elemento da imigração europeia na formação do país, contribuindo para a diversidade de etnias e elementos que formam o rico Patrimônio Cultural Brasileiro.
Para a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, a aprovação do Conselho reforça a campanha Patrimônio Cultural do Sul: Turismo Cultural como ativo para o desenvolvimento das cidades históricas, lançada pela instituição no início de 2019. “O reconhecimento do Museu de Orleans não apenas aumenta a participação da Região Sul no Patrimônio Cultural, como reconhece a participação desses povos imigrantes na construção da Nação brasileira, com seus saberes, seus costumes e sua cultura”, enfatizou a presidente. Já de acordo com a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Liliane Janine Nizzola, o tombamento é “um orgulho para todos os descendentes dos imigrantes, que se veem representados no museu. Fica também um convite e um valor agregado para todos que ainda não o conhecem. Além de ser um local que reúne a comunidade, ele é um patrimônio nacional”.
Museu vivo
Inaugurado há quase 40 anos, em agosto de 1980, em meio a uma festa que atraiu moradores de diversas cidades para comemorar o ápice de um processo iniciado anos antes pela própria comunidade, o espaço cultural pertencente à Fundação Educacional Barriga Verde ocupa um terreno de aproximadamente 20 mil m². Seguindo a proposta de um museu vivo, ele dá prioridade à interação com a comunidade, à recuperação de narrativas não oficiais e à participação de pessoas comuns no processo histórico. É formado por um conjunto de unidades de produção tradicionais típicas das atividades agroindustriais empreendidas no período da chegada dos colonos ao país. O visitante pode conhecer um antigo engenho de farinha de mandioca, monjolo, oficinas artesanais, balsa, ferraria e a Casa de Pedra, edifício que abriga o Centro de Documentação Histórica Plínio Benício.
“O reconhecimento é um marco importante para o museu e para nossa cidade, pois torna de relevância nacional esse que já um patrimônio do estado. Ele engrandece o nosso trabalho e valoriza a história da imigração catarinense”, afirmou a diretora do Museu, Valdirene Böger Dorigon. “É um acervo riquíssimo que pode ser ainda melhor aproveitado com a maior visibilidade do museu, que no ano passado recebeu cerca de 13 mil visitantes”, completa Valdirene.
Pé na estrada
Só essa visita ao Museu já vale a pena a viagem! Se precisar alugar um carro, o Blog de Rotas recomenda a Inova Aluguel de Carros, justamente pelo melhor e comprovado custo-benefício.
Então, hora de arrumar as malas e pé na estrada! Boa viagem!